Professores,
acadêmicos, profissionais liberais dedicam uma parte considerável de seu tempo
à pesquisa.
Um
pesquisador que não publicar sua pesquisa, tem participação nula no acervo do
conhecimento. Qual seria então a motivação para dedicar-se tanto tempo a um
projeto sem visar compartilhar o resultado obtido?
Quando um
indivíduo entra na universidade, se torna um pesquisador, embora sem prestígio.
Este, passa a ler mais e de forma crítica, procura fontes e baseia-se em fontes
segura suas alegações, analisa, debate, produz textos (de forma menos
responsável na maioria das vezes), passa a compreender a essência de uma teoria
ou de um ponto de vista, bem, pelo menos é o que espera-se dele. Aquele novo
meio, produz mudanças internas, introspecções e a razão da pesquisa científica,
esta paralelamente ligada a isso, afinal, o conhecimento liberta, abre novas
possibilidades, novas perspectivas.
A
pesquisa nada mais é que a busca de um conhecimento profundo sobre algo, de
modo amplo, é um conjunto de atividades orientadas para a busca de um
determinado conhecimento e para ter qualidade, credibilidade, é feita de modo
sistematizado, utilizando métodos e técnicas ¹.
Entretanto,
se uma pesquisa for brilhante, mas se não estiver bem escrita, é possível que
ela não seja devidamente apreciada. É fundamental o texto estar bem preparado,
em forma apropriada, pois valoriza a pesquisa. Isso vale para monografias, teses,
mais ainda, para artigos científicos.
Em
contrapartida, a ciência não esta interessada nas palavras em si, nem as
utiliza para embelezar as frases ou para dar toques emocionais. Ela rejeita,
como espúria, qualquer forma de psitacismo, ou seja, a utilização de palavras
sem ideias. Mas, usa palavras para servir de meios para revelar um pensamento,
ou mostrar algo realidade, se concentra no significado. Portanto, é necessário
cautela no uso das palavras, é importante ser prevenido para as confusões, ambiguidades
que elas podem causar.
Todo o
texto de caráter científico, deve por natureza, ser expresso numa linguagem que
se distingue daquela em que a subjetividade possa interferir ao ponto de
comprometer o significado da pesquisa, da ciência.
Ao
redigir um texto de maneira efetiva, baseado em uma pesquisa, é necessário,
pensar, planejar, rever os passos a percorrer. Quando o autor julga que o
artigo, a monografia esta pronta, deve-se ter em mente que aquele passo é o
início de várias alterações. Deve-se zelar pela qualidade do texto. Veja bem, o
objetivo deste artigo não é questionar a qualidade da pesquisa e sim o texto
que a apresentará para o mundo acadêmico. =)
Para
se alcançar o objetivo de publicação em periódicos de prestígio, a compreensão
da lógica é fundamental. A lógica ou a falta dela, estará estampada no relato
de uma investigação. Pois o leitor verá se o autor reuniu matéria adequada e
principalmente, suficiente para que se possa forma uma opinião sobre a pesquisa
realizada e sua conclusão. Caso contrário, o leitor não poderá concordar ou
discordar do autor, e não é o que um pesquisador desejaria. Logo, fica evidente
a importância do planejamento ao se redigir um texto científico.
Escrever
é um momento de reflexão, que favorece a compreensão e o aperfeiçoamento
pessoal. No entanto, trata-se de tarefa para ser aprendida e exercitada com
empenho e perseverança e é
crucial ter o hábito da leitura, pois contribui para a melhora da redação, do raciocínio.
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Referências
Pereira, Maurício,
Gomes. Artigos
científicos: como redigir, publicar e avaliar. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011.
¹ Rúdio, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa.
31ª Ed. Petrópolis: Vozes, 1986.
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